quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Papai, quelo páti...

                                           
Chego um dia à tarde do trabalho e o Teteu está falando como um tagarela em casa: "Papai, quelo neneta...", "Papai, quelo neneta..."
Na direção da ponta do dedinho estava uma caneta sobre a mesa da sala que de alguma forma ele conseguiu ver do alto de seus 70cm. Esse cara é muito esperto!
Eu disse que caneta não era pra ele, mas poderia dar um lápi...
"- Quelo PÁTI..."
Fiquei um segundo quieto e olhei pra ele e antes que a primeira gargalhada escapasse, perguntei "quer o que?"
" - Quelo páti papai..."
Ao invés de ficar tentando corrigir, entrei na dele e curtimos juntos essa fase.
Como queria fazer seus desenhos artísticos e abstratos, logo em seguida ele me pediu...
"Papai, PEPEL..."
Nem precisa repetir, já reunimos um monte de rascunhos pra ele se divertir. É uma pena que a área do papel é muito pequena pra tanta criatividade. As paredes e os móveis da casa que contem.
Muitas histórias nascem de pequenos rabiscos do páti no pepel...  Quem nunca ouviu essa história?

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